Editora Intrinseca
500 páginas
Avaliação: Recomendo, de 0 a 10: 9,5!
Um livro super conhecido que virou filme, mas não quis assistí-lo antes de ler a obra: "A menina que roubava livros" de Markus Zusak (Editora Intrínseca). A primeira publicação foi em 2005 e a adaptação para o cinema ocorreu em 2013 e derrubou aquele estigma de que livro bom nem sempre vira filme bom, pois bem aqui virou e recebeu uma indicação ao Oscar.
Muito bonito, podemos dizer que chega a ser poética a forma como Zusak descreve a vida da pequena Liesel durante o período da Segunda Guerra Mundial.
Esse livro tem muitos aspectos diferentes, primeiro quem narra os acontecimentos é o ser mais improvável do mundo, A MORTE!
Ela se encontra com a protagonista quando vai buscar a alma de seu irmãozinho. Nesse dia, ela observa a pequena Liesel, que em estado de choque, rouba um livro que um dos coveiros deixa cair no instante em que se retira do local do enterro, "O manual do coveiro". Ela o guarda como um pequeno tesouro e o leva como seu bem mais precioso, um detalhe: ela não sabe ler.
A morte do irmão, o abandono forçado pela mãe suspeita de ser comunista, a adoção por um casal alemão, as lembranças doces do aprendizado da leitura mesclado pela trajetória da ascensão de Hitler, a rotina da juventude nazista e suas obrigações, as grandes fogueiras de livros considerados contrários ao nazismo, a perseguição aos judeus, as perdas, as verdadeiras amizades e traquinagens próprias da infância. A descoberta dos sentimentos,... tudo escrito de uma forma leve, sem rancores ou discursos políticos.
Não é fácil passar a visão da Morte e de uma criança através dos anos.
Maravilhoso e pungente. Quero ver o filme é descobrir se o diretor conseguiu passar o clima da rua Himmel.
Vale muito a pena ler o livro e assistir o filme!