489 páginas
Tradutora Fernanda Abreu
Avaliação de zero a dez: 8
Dan Brown é um autor americano conhecidíssimo em virtude do sucesso de seu livro O Código Da Vinci, que teve sua versão para os cinemas e vendeu mais de 80 milhões de cópias. É um escritor detalhista, seus romances costumas ser bem embasados com pesquisa histórica profunda e adora abordar temas polêmicos sempre envolvendo de alguma forma o embate entre a religião e a ciência. Foi considerado uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, isso não é brincadeira prá qualquer um, afinal seus livros foram traduzidos para mais de 50 idiomas. Ele é um fenômeno editoral com certeza. Tem milhares e milhares de fãs no mundo inteiro.
Assim sendo, não era de se esperar que O Símbolo Perdido também não fosse um sucesso. Robert Langdon é o seu protagonista principal, um professor especializado em simbologia, historiador e um cético por natureza está sempre envolto em mistérios e muita ação. Costumo dizer que Langdon é o alter ego de Dan Brown, já que ele foi praticamente criado na igreja, cantou em coro, participou de escolas dominicais é um profundo conhecedor dos rituais cristãos e a impressão que dá, é que questiona como ele, todos os princípios que aprendeu na infância e adolescência.
Sim, em todos os seus livros, Código Da Vinci, Anjos e Demônios, Inferno e O Símbolo Perdido a temática é a mesma, homem/ciência x homem/religião. Nesta última aventura o discurso de seus personagens, muito mais do que esclarecer a maçonaria em si, seus símbolos e conceitos, tem como tema a necessidade recorrente de afirmar que Deus é uma fuga humana. Um recurso que é utilizado por todos homens desde o princípio da história da humanidade.
Robert Langdon dessa vez é chamado por um amigo para uma palestra em Washignton DC, mas quando chega lá o que encontra é de arrepiar. Seu amigo foi sequestrado e há um tempo determinado para que ele seja entregue com vida: o resgate depende de Langdon, que terá que decifrar os códigos da Maçonaria e levar o sequestrador a tomar posse de um poder inestimável. O personagem não tem outra saída a não ser colaborar com o sequestrador. Pesquisas científicas envolvendo a noética, códigos escondidos em pirâmides, assassinatos, cerimonias envolvendo crânios, sangue e sacrifícios humanos fazem parte do roteiro a ser seguido.
É entretenimento certo! Desperta a atenção e dessa vez se propõe a te levaa a conhecer outros universos religiosos e a questionar seus fundamentos.
Como sempre e talvez por ser (de certo?!) muito patriota, os Estados Unidos são colocados como o centro do mundo, portador de todos os segredos e conhecimento necessários para a mudança da humanidade.
Tirando o discurso "deixe a fé de lado e creia no homem" que já cansou um pouco, afinal é o 5º livro, já entendi.... é um livro excelente.