23 fevereiro, 2017

Alves Calado, Anne Frank, Otto H. Frank - O Diário de Anne Frank

Editora Record
315 páginas
gênero: Biografias
Avaliação de zero a dez: dez!


Anne Frank é um clássico, todos deveriam ler. Primeiro porque é um relato verdadeiro dos terrores da guerra vividos por uma jovem no período que deveria ser mais doce, o início da adolescência.
Você deve pensar, doce? Sim, não esqueça o contexto, em 1940, a juventude tinha outro padrão de comportamento muito diferente do atual. 

O diário relata as descobertas dessa jovem, o amor, o medo, o relacionamento com a família, a descoberta do amor, a dura rotina do esconderijo oferecido para abrigo da perseguição nazista, a convivência com outras pessoas abrigadas num anexo secreto ao escritório do pai de Anne, Otto H. Frank, em Amsterdã durante a ocupação nazista dos países baixos.
Ocupação de Amsterdã
Infelizmente em 04 de agosto de 1944, a Gestapo descobriu o esconderijo e prendeu todos os ocupantes. Anne foi separada da família e os membros foram levados para campos de concentração diferentes.

Campo de Bergen-Belsen 1944 onde Anne morreu
Anne Frank morreu no campo de concentração de Bergen-Belsen, em fevereiro de 1945, quando tinha 15 anos. Seu pai foi o único sobrevivente do grupo e em 1947 publicou a primeira versão com alguns cortes.  

Os originais do diário estão expostos na fundação que leva seu nome: Casa de Anne Frank em Amsterdã.

Um dos sentimentos mais tocantes é a solidão imposta pelo confinamento, o racionamento, a perda de entes queridos, tudo isso escrito na linguagem coloquial de uma menina que se vê lutando pela sobrevivência e sendo obrigada a amadurecer fora do tempo.

O diário, presente de aniversário
A versão da Record traz na íntegra os escritos , com todos os trechos que foram cortados pelo pai na época da primeira edição, em 1947. Apesar de ser considerado um "romance", Anne Frank é um dos principais documentos do Holocausto.

Você vai adorar, mas já aviso, prepare-se para chorar, porque é impactante e de uma sensibilidade enorme. Não há meio de ficar indiferente à leitura, Anne é uma menina normal como qualquer outra de sua idade. Poderia ser uma jovem siria nos dias de hoje vivendo sob os bombardeios ou uma menina no Paquistão dominado pelo Estado Islâmico que também faz a separação entre servidores de Alá e seu profeta Maomé e os demais que são infiéis e por isso podem ser exterminados.
Ou ainda, numa previsão bem pessimista do futuro americano, cujo presidente acredita na pureza de raças e repete o discurso hitlerista (A Alemanha para alemães) trocando apenas o país (A América para os americanos ou American first), onde não há imigrantes e o sangue deve ser purificado.

Se quiser saber mais sobre o assunto acesse o site do museu de Anne Frank (http://www.annefrank.org) ou o do museu do Holocausto.

Essa tragédia não pode se repetir! Pogrom nunca mais!

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