24 fevereiro, 2017

Stieg Larsson - Os homens que não amavam as mulheres

Editora Companhia das Letras
Coleção Millennium - volume 1
Tradução: Dorothée de Bruchard
528 páginas
Gênero: Literatura Estrangeira, Ficção, Policial, Suspense
Avaliação de zero a dez: dez!

Stieg Larsson, autor dessa série fantástica, era escritor e jornalista, sua morte por ataque cardíaco aos 50 anos, foi cercada de boatos, já que ele era um dos jornalistas mais influentes na Suécia, além de ser ativista político na luta pelos direitos humanos e por conta disso tinha recebido várias ameças de morte. Foi encontrado na escadaria de onde trabalhava, na sede da revista Expo, Depois de subir vários lances de escada, pois o elevador estava "quebrado".
Stieg Larsson

Sua atuação foi muito além da ficção, denunciou organizações neofascistas e racistas, trabalhou como co-autor em um livro  (Extremhögern) sobre a atuação da extrema direita na Suécia.

Esse é o primeiro volume de uma trilogia e é tão espetacular que teve seu roteiro filmado em duas versões, a sueca e a americana. O sucesso da trilogia e dos filmes tem uma razão de ser, a forma como o autor trata a violência sobre as mulheres no mundo contemporâneo, envolvendo crimes financeiros, invasão de privacidade, abuso de poder entre outras tantas facetas.

A trama principal se passa numa ilha e no melhor estilo "Agatha Christie", a herdeira de um império industrial desaparece sem deixar rastros. O acesso a ilha é fechado e como não é encontrada o mistério começa. O patriarca da família recebe de presente um quadro de uma flor emoldurada, costume que a jovem sempre fazia no seu aniversário,então fica a dúvida se ela está morta e qual a causa da morte, se foi suicídio ou assassinato.
Passam-se 40 anos e no meio de um escândalo jornalístico provocado pela denúncia de um financista, a falta de provas, o julgamento e condenação por calúnia de um jornalista Mikael Blomkvist, as histórias se encontram. O patriarca Vanger o contrata para encontrar a jovem desaparecida e por um fim na longa busca de anos.

 Stellan Skarsgard atuação impecável
Rooney Mara como Lisbeth
O apaixonante nesse roteiro, por assim dizer, são os personagens, todos densos, bem elaborados e muito, muito verossímeis.
A pesquisadora que dá título ao livro (no original, a garota tatuada com um dragão) é na verdade uma hacker, com um comportamento muito particular, Lisbeth Salander, que irá protagonizar os demais volumes da trilogia, é uma "delinquente" por assim dizer.

O jornalista tem uma visão particular sobre o mundo e sobre relacionamentos e sua investigação é mal vista pela família do industrial.

Com o passar do tempo e conforme vai obtendo informações, os dois percebem que há algo de podre no reino da Dinamarca como diz o ditado.

Psicopatas, estupros, mentiras, dissimulações e interesses escusos fazem parte desse livro imperdível, cuja leitura é de tirar o fôlego do princípio ao fim.

No cinema o clima não ficou diferente.
Christopher Plummer como Vanger

A versão americana tem como protagonistas o atual James Bond, Daniel Craig e Rooney Mara, ele como o jornalista Mikael Blomkvist e ela como Lisbeth Salander e um elenco de primeira linha Christopher Plummer e Stellan Skarsgard.
Versão Sueca


Na versão sueca, a história acompanha a trilogia com A menina que brincava com fogo e a Rainha do castelo do Ar, todos muito bons e lançados em 2009, que você consegue ver na Netflix.

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